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A capacidade genética das pragas urbanas de desenvolver tolerância e resistência a produtos químicos, exige muito mais do que simples aplicações de veneno para o controle de animais como ratos, pombos, escorpiões e insetos.
Na medida em que se tornam insensíveis a venenos, as pragas urbanas se proliferam em áreas residenciais, comércios, indústrias e espaços públicos, causando transtornos e riscos à saúde pública.
Além da mutação genética que torna as pragas ainda mais resilientes, o uso indiscriminado de praguicidas gera um perigoso efeito colateral: a nociva carga residual de produtos químicos, que põe em risco a saúde das pessoas e as condições sanitárias dos ambientes infestados pelas pragas.
Hoje, o grande desafio das empresas controladoras de pragas urbanas é erradicar a presença desses animais e, ao mesmo tempo, implantar ações eficazes, seguros, de menor impacto ambiental e que não provoquem perdas econômicas a seus clientes.
A instalação de armadilhas adesivas atóxicas Colly, como uma das estratégias de um programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP), é uma alternativa ideal para ambientes nos quais é proibido (ou desaconselhável) a aplicação de iscas, inseticidas e outros produtos à base de veneno.
O que é resistência das pragas urbanas?
A resistência de pragas urbanas é a capacidade genética que esses animais, geralmente sinantrópicos, desenvolvem para enfrentar condições ambientais e de sobrevivência adversas.
Isso inclui o uso repetitivo de inseticidas e outros defensivos químicos. Nesse caso, as pragas sofrem transformações genéticas para combater a toxicidade desses produtos e manter a sobrevivência da espécie.
De modo evolutivo, essas mutações genéticas se tornam hereditárias, isto é, são transmitidas entre as gerações de pragas. Dessa forma, o inseticida e seus princípios ativos perdem a eficácia no controle de populações de pragas urbanas.
Como ocorre a resistência das pragas aos inseticidas?
O desenvolvimento das pragas a inseticidas se dá a partir do uso intenso de produtos químicos.
Apesar do aprimoramento contínuo dos inseticidas utilizados no controle de pragas urbanas, visando cada vez mais a minimização dos impactos ambientais, eles ainda contêm ativos químicos.
Assim, a frequência do uso de inseticidas, bem como as doses fora das especificações, acabam impulsionando as mutações genéticas das pragas urbanas.
Esse processo de pressão seletiva gera indivíduos insensíveis e resistentes a iscas, venenos e outros produtos químicos com princípios ativos que, anteriormente, eram nocivos às pragas.
Quais são os mecanismos de resistência a inseticidas?
De modo geral, é a exposição regular a diversos tipos de iscas, inseticidas, praguicidas e pesticidas que desencadeia mutações que conferem insensibilidade aos efeitos tóxicos desses produtos.
Porém, essas alterações genéticas se dão por meio de diferentes mecanismos biológicos e comportamentais que permitem às pragas sobreviverem aos inseticidas.
Alguns desses mecanismos evolutivos são:
- Aumento do poder de metabolização de inseticidas (por meio de enzimas de detoxificação)
- Desenvolvimento da habilidade para identificar a presença de substâncias e produtos químicos
- Modificações moleculares
- Diminuição do poder de penetração cuticular
Esses e outros mecanismos de defesa das pragas podem agir sozinhos ou de forma integrada, provocando resistências cruzadas e resistências múltiplas a inseticidas.
Sinantropia
As pragas urbanas são, em sua maioria, animais sinantrópicos, isto é, que já estão adaptados à convivência com humanos.
Os animais sinantrópicos se beneficiam das condições ambientais criadas pelo homem para sobreviver e se reproduzir.
Segundo definição do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)
fauna sinantrópica nociva é “aquela que interage de forma negativa com a população humana, causando-lhe transtornos significativos de ordem econômica ou ambiental, ou que represente riscos à saúde pública”.
Os três tipos de roedores comumente vistos em áreas urbanas – a ratazana (Rattus norvegicus), rato-do-telhado (Rattus rattus) e o camundongo (Mus musculus) – são bons exemplos de pragas sinantrópicas.
Outros animais sinantrópicos são moscas, pombos, escorpiões, aranhas, baratas, cupins, traças, carrapatos e morcegos.
Resistência Química ao uso de veneno para ratos
Nas últimas décadas, a ciência se debruçou sobre casos de espécies de roedores que desenvolveram resistência a pesticidas poderosos.
Essa pressão evolucionária tem provocado o surgimento de novas gerações de ratos tolerantes a rodenticidas, com destaque para aqueles que possuem anticoagulantes em sua fórmula – substâncias que provocam hemorragias internas nos roedores.
O que é um rodenticida
Os rodenticidas – genericamente conhecidos como raticidas – são produtos químicos, altamente tóxicos, produzidos a partir de substâncias naturais ou sintéticas, que são utilizados para o controle de roedores (ratos, ratazanas, ratos de telhado e outras espécies) em zonas urbanas e rurais.
No Brasil, a comercialização e o uso dos rodenticidas são regulados pelo Ministério da Saúde (MS).
E a Resolução RDC Nº 326, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é a diretriz que aprova o Regulamento Técnico para Produtos Desinfestantes (Praguicidas) Domissanitários – que abrange os produtos para controle de insetos, de roedores e de outros animais incômodos ou nocivos à saúde.
O objetivo do Regulamento Técnico é “estabelecer definições, características gerais, substâncias ativas e coadjuvantes de formulação permitidos, forma de apresentação, advertências e cuidados a serem mencionados na rotulagem de produtos desinfestantes domissanitários de forma a minimizar o risco à saúde do usuário”.
De maneira específica, a seção “F” deste regulamento fornece as seguintes instruções acer dos rodenticidas:
F. RODENTICIDAS
F.1 – Estão proibidos os rodenticidas à base de alfanaftiltiouréia (ANTU), arsênico e seus sais, estricnina, fosfetos metálicos, fósforo branco, monofluoroacetato de sódio (1080) monofluoroacetamida (1081), sais de bário e sais de tálio.
F.2 – É permitida a adição de inseticida e/ou fungicida às formulações de rodenticidas na quantidade estritamente necessária à sua conservação.
F.3 – As formas de apresentação dos rodenticidas podem ser:
a) Pós de contato;
b) iscas simples, parafinadas ou resinadas granulados, pellets ou blocos.
F.4 – Não são permitidas formulações líquidas, premidas ou não, em pastas, pós solúveis, pós molháveis e iscas em pó.
F.5 – Nas formulações deverá ser agregada uma substância amargante.
Ação dos rodenticidas
Os rodenticidas são classificados em dois grupos, conforme o tempo de ação de sua fórmula.
Rodenticidas agudos
Produtos de ação rápida, que após a ingestão atacam o sistema nervoso dos roedores e causam a morte num intervalo de 24 horas.
Rodenticidas crônicos
Produtos de ação mais lenta, com ação anticoagulante (desencadeiam hemorragia), provocando a morte de ratos após as primeiras 24 horas.
Vale destacar que o uso do famoso “chumbinho” (que possui um princípio ativo altamente tóxico chamado aldicarbe) é proibido pela Anvisa desde 2012.
O uso irregular e indiscriminado deste produto é a causa de inúmeros registros de intoxicação no âmbito doméstico, que podem evoluir para quadros de hemorragia e até ocasionar óbitos.
Controle Integrado de Pragas
O controle integrado de pragas urbanas é uma estratégia inspirada na filosofia do Manejo Integrado de Pragas (MIP), que é bastante utilizado no agronegócio.
O MIP é um amplo conjunto de técnicas e procedimentos mais ecológicos que tem por finalidade o controle de infestações em lavouras, o uso racional de pesticidas, a redução de casos de pragas que desenvolvem resistência a produtos químicos e a produção de culturas mais “saudáveis“.
Envolve várias ações como, por exemplo, a identificação da praga, o conhecimento de sua biologia e comportamento, a identificação do nível de infestação, a avaliação e implementação da(s) medida(s) de controle, a mensuração e o monitoramento.
O Manejo Integrado de Pragas é “um sistema de decisão para uso de táticas de controle, isoladamente ou associadas harmoniosamente, numa estratégia baseada em análises de custo/benefício, que levam em conta o interesse e/ou o impacto sobre os produtores, sociedade e o ambiente” (Kogan, 1998).
Quais são os ‘4A’ do Controle de Pragas?
Inspirado no conceito do MIP, o Controle Integrado de Pragas Urbanas também foca suas ações na erradicação dos chamados ‘4A’ (alimento, água, abrigo e acesso), que são as condições favoráveis à sobrevivência e procriação das pragas.
Tendo em vista a mitigação de impactos ambientais, o manejo integrado de pragas urbanas engloba uma série de ações que enfatizam o uso de métodos de controle físicos (instalação de grades, alambrados, telas e outras mudanças estruturais), mecânicos (como armadilhas adesivas atóxicas) e biológicos (introdução de inimigos naturais da praga), além da utilização racional de pesticidas.
Controle de roedores, pombos, escorpiões e moscas
Os programas de Controle Integrado de Pragas Urbanas contemplam um variado conjunto de medidas preventivas e corretivas.
Geralmente, uma das estratégias de baixo impacto ambiental contidas nos planos de manejo integradoé a instalação de armadilhas adesivas para o controle mecânico de pragas como, por exemplo, ratos e escorpiões.
A Colly é especializada no desenvolvimento e fabricação de armadilhas adesivas atóxicas (sem veneno) para a captura de roedores, escorpiões e outras pragas urbanas.
A linha Colly de produtos de uso profissional (para dedetizadoras), para monitoramento e controle de ratos e escorpiões, possui soluções como:
Ratoeira Adesiva
Armadilha adesiva para a captura de ratos e insetos rasteiros. Por ser um produto atóxico, é ideal para uso em ambientes sensíveis como restaurantes, indústrias de alimentos, hospitais, hotéis e espaços onde há a presença e circulação de crianças e pets.
De fácil instalação, com aroma atrativo e ultrapegajosa, a Colly Rato previne contaminações em locais onde é proibido ou desaconselhável o uso de venenos.
Armadilha para Escorpião
A armadilha adesiva desenvolvida para o monitoramento e controle de escorpiões, aranhas e insetos rasteiros.
O produto (também sem veneno) possui uma cola especial em sua superfície, que realiza a captura de aracnídeos, insetos e outras pragas rastejantes.
Recomendada para utilização em ambientes internos, preferencialmente locais de abrigo ou passagem da praga.
Refil Adesivo para Armadilhas Luminosas
O Refil Adesivo consiste em uma placa com adesivo que deve ser instalada em luminárias com lâmpada ultravioleta. Os insetos, atraídos pela luz, ficam colados no refil, que uma vez repleto de insetos, deve ser descartado e substituído por um novo.
Ideal para controle de insetos voadores em indústrias alimentícias, frigoríficos, supermercados, hospitais, restaurantes, residências ou qualquer outro local no qual a utilização contínua de inseticidas seja desaconselhável ou inviável.
Armadilha para Moscas
A Armadilha Fly Trapper é composta de um recipiente de plástico reutilizável, fechado e equipado com aberturas cônicas “one way”, que permitem a entrada das moscas, sem permitir a sua saída.
Um sistema de manejo de moscas sustentável, que não possui nenhum tipo de princípio ativo em sua formulação, sendo sua atratividade, apenas o odor que a isca exala.
Pombos e morcegos
Para o controle de pragas urbanas como pombos e morcegos, que costumam infestar telhados e forros, a Colly desenvolveu o Repelente para Pombos.
A exemplo das armadilhas adesivas, também é um produto sustentável, atóxico (sem ingredientes químicos nocivos) e de fácil aplicação.
O Gel Repelente de pombos e morcegos é uma substância pegajosa que gera incômodo às pragas, porém, sem causar morte ou sequela nos animais. Também atua como uma eficiente barreira física para insetos em geral.
Colly: soluções para o controle de ratos e outras pragas em indústrias e residências
A Colly é uma empresa brasileira que possui um amplo catálogo de soluções profissionais para o controle de pragas urbanas.